sábado, 26 de abril de 2008

Confira as dicas para construir sua árvore genealógica



Construindo sua árvore genealógica


Triângulo

Assumindo que você é o ponto de partida da árvore genealógica, trace os caminhos para os seus dois pais, quatro avós, oito bisavós, 16 tataravós e assim por diante. Forma-se um triângulo que, quando atingir dez gerações, terá mais de mil nomes. É pesquisa para a vida toda.

Entrevistas

Para conhecer a história da família, é essencial falar com as pessoas mais velhas. Prepare minibiografias dos ancestrais, com nomes, apelidos, características pessoais, datas e locais de casamentos e falecimentos e causa da morte. Não deixe de anotar tudo.

Documentos

Certidões de nascimento, casamento, óbito e naturalização, além de testamentos, passaportes e carteiras de trabalho, possuem datas e outros dados importantes. Se não os tiver, consulte cemitérios, cartórios de registro civil, igrejas e Centros de História da Família.

Internet 1

Publique o (s) sobrenome (s) que você estuda em listas de discussão e sites de genealogia. Associe um e-mail para trocar figurinhas com outros genealogistas. Alguém pode precisar de ajuda ou ter dados que o ajudem a encontrar a folha que falta na sua árvore.

Internet 2

Ao procurar por uma pessoa, informe o que sabe sobre ela. Se não tiver nada, tente alguém próximo, por nome completo, quando e onde nasceu, com quem casou, o nome dos pais, dos avós, onde morava, onde morreu ou parentesco.

Internet 3

Visite com regularidade sites de pesquisa genealógica, pois costumam ser atualizados com frequência. Utilize ferramentas de busca e, para saber da ocorrência de um sobrenome no mundo, consulte listas telefônicas (www.auxilio-a-lista.com.br) e sites de jornais das regiões.

Fonte: Folha de São Paulo - http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u11051.shtml

Nota:

Existem vários programas para que você faça de forma organizada sua árvore genealógica, eu estou utilizando dois programas:

1. PAF - programa fornecido gratuitamente, na versão em português no site: http://www.familysearch.org/Eng/default.asp, o programa é baixado no computador e serve como banco de dados, com inúmeras funcionalidades. Existe também um manual em PDF que pode ser baixado para melhor utilização do programa;


2. Meus parentes - em www.meus parentes.com.br, a vantagem é que você pode utilizar em qualquer computador, em qualquer lugar do planeta porque os dados ficam armazenados no servidor.

Qualquer dúvida escrevam, terei o maior prazer em ajudar: gelavieira@gmail.com

Gerson

domingo, 20 de abril de 2008

Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul – o que fazer com nossa memória?

Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul – o que fazer com nossa memória?

O ser humano sempre sentiu necessidade de registrar sua passagem pela Terra, em vários suportes – pedra, barro, papiro, papel, couro e outros. Exemplos ainda existentes são as pinturas rupestres, as inscrições em monólitos – estelas, em livros e em tantos outros. Talvez seja a consciência de sua mortalidade, de sua frágil condição humana que o impele a registrar sua existência, seus feitos, suas proezas, seus medos, suas incoerências.

Para tanto são criados e mantidos Arquivos, Museus, Bibliotecas, que se convertem, por excelência, na fonte de nossa memória mediata e imediata. Porém, infelizmente, o tempo se encarrega de destruir e apagar o que a memória humana não consegue mais lembrar ou então o que o indivíduo ou a sociedade não logram mais conservar.

O Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul – AHRS é um desses repositórios de nossa memória. Ele foi constituído como uma subdivisão do Arquivo Público do Rio Grande do Sul (APERS), em 1906. No ano de 1925 foi anexado ao Museu Júlio de Castilhos, quando surgiu a denominação atual de Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul[1]. Seu desmembramento e instituição independente se deram apenas em 29 de janeiro de 1954. Atualmente, o AHRS está situado no Prédio do Memorial do RS, Rua Sete de Setembro, 1020 – 2º andar, sala 17, centro de Porto Alegre-RS, CEP: 90010-191, fone (51) 3227-0883 ou 3221-0825, e-mail: ahrs@cultura.rs.gov.br

A função primordial do AHRS é de guardar e conservar documentos históricos de origem pública e/ou privada acerca do surgimento fático e oficial do Estado do Rio Grande do Sul.

Seu acervo é formado por documentos organizados em, aproximadamente, 40 fundos temáticos, como, por exemplo: fundo de imigração, fundo de obras públicas, fundo consular etc. Cada fundo é composto por documentos avulsos ou em codices (livros encadernados manuscritos contendo cadastro/listagem de imigrantes, correspondências oficiais, registros de lotes e/ou prazos coloniais e outros). O acervo do AHRS é quantificado em sete quilômetros (7 km). Em relação à documentação referente à Imigração, chega-se ao total de 1.000 exemplares (entre avulsos e codices), dos quais mais de 50 codices foram declarados absolutamente indisponíveis por estarem em péssimo estado de conservação, conseqüentemente, inacessíveis à pesquisa. Outros documentos necessitam de intervenções parciais de restauro e conservação.

O quadro funcional do AHRS é reduzido, tendo: 2 historiógrafos, 3 funcionários públicos, 2 funcionários terceirizados, 6 estagiários e 2 funcionários nomeados em cargo em comissão (CC). A restauração da documentação é feita apenas pelos historiógrafos e cidadãos voluntários capacitados para esse ofício.

O Estado do Rio Grande do Sul, em virtude de crises orçamentárias consecutivas e históricas, dota o AHRS de pouca receita, haja vista, a quantidade de funcionários destinados a cumprir com a função primordial do AHRS – guardar e conservar seu acervo, ser diminuta. Ademais, a grande quantidade de documentos a espera de intervenções totais ou parciais de restauração é significativa, revelando por si só a premência da mobilização social – sociedade, iniciativa privada e pública – na recuperação do acervo sobre a constituição humana e social do Estado do Rio Grande do Sul.

A quantidade de codices a espera de restauro aumenta diariamente, mas o AHRS não dispõe de verba, nem de pessoal em quantidade suficiente para fazer frente a essa precária situação. Porém, há alternativas que podem ser soluções, principalmente, se houver o envolvimento direto da sociedade, iniciativa privada e instituições públicas.

A iniciativa privada aliada a instituições públicas e à sociedade podem reverter esse lastimável quadro. Na Europa e América do Norte é comum Bibliotecas, Museus, Arquivos e demais órgãos de cultura serem mantidos e subvencionados pela sociedade e instituições público-privadas, através de doações e/ou incentivos fiscais.

No Brasil, há várias leis de fomento ao mecenato, dentre elas a Lei nº 8.313/91 (Lei Rouanet), que prevê incentivos fiscais a pessoas físicas e jurídicas. O Estado do RS também dispõe da Lei Estadual nº 10.846/96 sobre compensações de até 75% do valor aplicado com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em projetos e investimentos voltados à cultura e sua preservação.

Empresas públicas ou privadas podem ter seu nome associado a instituições culturais e isso gera uma imagem positiva de respeito e envolvimento com o grupo social, no qual estão inseridas. Há, assim, uma propaganda afirmativa de comprometimento, valorização e respeito à cultura local. Em última análise, há, por parte dos consumidores locais, uma valorização e preferência a marcas e mercadorias produzidas por empresas comprometidas e engajadas.

Além disso, estabelecer convênios entre o AHRS e as Universidades resultará em proveito para ambos órgãos, pois oportunizará a experiência ao futuro profissional (estudante universitário), além de lhe agregar conhecimento prático e teórico de sua área. O AHRS, por seu turno, terá em seu quadro provisório de funcionários, estagiários qualificados e aptos a realizar as intervenções tão necessárias aos documentos, sempre sob orientação dos restauradores do arquivo. Não haverá vínculo empregatício entre o AHRS e os estagiários universitários, apenas a contratação sob a condição de aprendiz.

A restauração, digitalização e disponibilização em suporte eletrônico do Acervo do AHRS resultará na preservação da história da Imigração no Sul do Brasil, sua fácil acessibilidade e servirá, também, como referência de consulta e estudo para pesquisadores de todo o mundo. Democratiza o conhecimento e amplia novas perspectivas de estudos acadêmicos sobre o fenômeno universal da Imigração.

A documentação, por ora, é constituída de originais sem nenhum tipo de reprodução. O suporte papel é frágil e o tempo, pragas e manuseio irresponsável aceleraram o processo natural de deterioração dos exemplares.

A preservação do acervo do AHRS, iniciando pelo fundo de Imigração, o mais buscado pela comunidade e o mais danificado, é apenas o início para outros projetos futuros de recuperação e divulgação do conhecimento sobre a memória sócio-cultural do Estado do Rio Grande do Sul.

A participação ativa e positiva de toda a gama social – comunidade, iniciativa privada e instituições públicas – é a alternativa mais viável, senão a solução para a recuperação, preservação e divulgação dinâmica do Acervo do AHRS.

Garantir a perenidade desses documentos em outros suportes e disponibilizá-los significa garantir a preservação da História Universal da Imigração, ou seja, de nossa memória.

Elisandro José Migotto

Porto Alegre-RS

emigotto@hotmail.com



[1] Informação obtida no site da Secretaria de Estado da Cultura do RS, disponível em: http://www.cultura.rs.gov.br/principal.php?inc=arq_hist ; acessado em 12 de abril de 2008.

Nota do blog:

Infelizmente não consegui reproduzir as fotos tiradas pelo Elisandro, mas dá para comprovar o lastimável estado de muitos documentos ao vê-las.


domingo, 13 de abril de 2008

Quaraí, Querência Querida!



Gerson Vieira *

Quando te vi a primeira vez,
Não tinha noção de quanto eras importante para mim
Andei por tuas ruas, entrei em tuas casas
Olhei para os lados, mas não soube te entender.

Precisaram três décadas
Para voltar a te encontrar
Alegrar meu coração ao te ver
E ter a certeza de quão importante és para mim

Terra de meus pais,
Pago daqueles que respiram teu cheiro
Que longe estão e lágrimas derramam
De saudades de ti

Um dia eu volto para te ver,
Andar em teu traçado enxadreizado feito tabuleiro
Um dia eu volto...
Quaraí, querência querida!


(*) Sobre Gerson Laerte da Silva Vieira
Nasceu em 3/2/1964, em Canoas, RS, reside atualmente no Rio de Janeiro. Formado em Ciências Contábeis pela Ulbra - Universidade Luterana do Brasil. Membro da Casa do Poeta de Canoas e da ACE - Associação Canoense de Escritores. Publicou várias crônicas no jornal Diário de Canoas. Participou das duas coletâneas da Casa do Poeta de Canoas (2003 / 2005). Projeto atual: livro Laços de Família.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Grupo de Discussão - Laços de Família

Queridos familiares,

Este grupo foi criado para informar as postagens realizadas no blog Laços de Família, arquivar as árvores genealógicas das famílias: Vieira, Soares, Barbosa, Silva e Fagundes(z), além de outros sobrenomes vinculados tais como: Nunes, Saldanha, Costa, Marin, Grosso, Vargas, Pacheco e outros colaterais que fazem parte desta "grande família".

Discutir, trocar informações, fotos, perfis e tudo que possa contribuir para o conhecimento de cada um com relação aos seus parentes, próximos ou longínquos. É um projeto pessoal transformar toda essa história em um livro, dentro de alguns anos. Assim não perderemos a memória pessoal de cada um que faz parte deste grande grupo que já conta com 236 parentes cadastrados. Faltam muitos dados ainda. Quero escrever não apenas sobre datas de nascimento, casamento, óbito mas um pouquinho da história de cada um, fatos que tenham sido importantes em suas vidas. Só assim poderemos compreender um pouco mais daquilo que nos aproxima ou poderá nos aproximar.

Um grande abraço a todos,


Gerson Vieira

Nota:

Para proteger a privacidade dos vivos, a partir desta data as árvores genealógicas serão publicadas apenas na seção arquivos do grupo de discussão, portanto para acessá-las deverão inscrever-se no grupo.

O endereço para inscrição é:

http://groups.google.com.br/group/lacos-de-familia

ou clique aqui:

Grupo de discussão Laços de Família



sábado, 5 de abril de 2008

Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul pede socorro!


Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul pede socorro!

Reproduzo neste espaço o apelo feito pelo pesquisador Elisandro Migotto, meu colega do RS-Gen, grupo de discussão sobre genealogia.

“Caros e caras pesquisadores,

Sou Elisandro Migotto, livre pesquisador da imigração ítalo-germânica nas regiões central e serrana do RS. Há 4 anos freqüento os Arquivos e Museus do RS em busca de fonte primária (documentos, mapas, códices etc.) a fim de compreender os grandes êxodos ocorridos nos séculos passados.

Nos últimos meses, redirecionei minhas pesquisas aos documentos do Arquivo Histórico do RS (AHRS), um dos maiores, senão o maior acervo da imigração no RS. Surpreso me encontro diante do péssimo estado de conservação desse inestimável material (livros originais sobre entrada de imigrantes, entrega de lotes coloniais, com lista de imigrantes, obras públicas, correspondências oficiais etc.).

Infelizmente, o Estado do RS dota essa instituição (Arquivo Histórico) de pouca verba, de tal sorte que vários códices se encontram há anos fora de acesso por estarem em situação deplorável de conservação, sem a mínima condição de manuseio e pesquisa. Há poucos restauradores e a maioria trabalha voluntariamente na árdua e lenta tarefa de reconstituir livros originais manuscritos, que estão com suas folhas rasgadas, soltas, esfareladas pelo tempo e, algumas vezes, pelo indevido manuseio de pessoas que ainda não compreenderam a importância e singularidade desse tesouro. Documentos esses que são testemunhas escritas do passado e da passagem de nossos ancestrais por terras meridionais do Brasil.

Em conversa que tive com a responsável pela restauração do Arquivo Histórico do RS, a senhora Vera Mendonça, pude constatar o empenho dos funcionários em restaurar as obras inestimáveis à história da imigração, porém o AHRS não dispõe de maior verba para adquirir os materiais necessários à restauração, como:

- Tecido Voal branco (tipo - para cortina) - encontrável em lojas de tecidos em geral;

- Linha Urso nº 1 Branca - disponível em armarinhos, lojas de tecidos;

- Papel japonês A-1 ou em rolo;

- Papel canson bege ou creme - gramatura 75 m - disponíveis em papelarias;

- Carboxi Metil Celulose (C.M.C) - encontrável em casas que trabalham com produtos químicos - é uma cola especial

- Bisturi nº 10 - lojas que trabalham com material cirúrgico.

A quantidade de códices a espera de restauro aumenta diariamente, mas o AHRS não dispõe de verba para adquirir esse material. Penso que nós, enquanto pesquisadores e cidadãos podemos colaborar com a doação de algum desses materiais. Segundo me disse a restauradora, com uma única folha de papel japonês é possível restaurar duas folhas de códice.

Qualquer ajuda – envio ou entrega de material de restauro ao AHRS será muito bem-vinda.

Por favor, NÃO enviem dinheiro, pois o AHRS não dispõe de conta bancária, assim, qualquer doação em espécie irá aos cofres do Estado e não chegará ao AHRS.

A memória de nosso País está agonizando, precisamos fazer algo!

Se cada pesquisador doar uma única folha de papel japonês, ou um único rolo de linha Urso nº 1 Branca etc. já será uma grande colaboração.

Envio este mail para pesquisadores de outros Estados por entender que se trata de uma premência, na qual a história do País está ameaçada, além do que, muitos imigrantes que se estabeleceram em outros Estados podem ter passado pelo RS ou aqui ter deixado parentes.

Reitero, qualquer ajuda (envio pelo correio ou entrega pessoal desse material ao AHRS) será muitíssimo bem-vinda, não importa a quantidade (seja um ou vários), mas sim o ato cidadão de colaborar com conservação da História Nacional.

Por favor, se quiserem repassar esse mail ao maior número de pessoas, estejam a vontade.

O endereço do AHRS é:

Prédio Memorial do Rio Grande do Sul

Rua Sete de Setembro, 1020- 2º andar, sala 17

Centro, Porto Alegre-RS

Cep: 90010-191

Fone: (51) 3227.0883, 3221.0825

Site: http://www.cultura.rs.gov.br/principal.php?inc=arq_hist

Desde já agradeço a atenção e sensibilidade de todos.


Saudações,


Elisandro Migotto

Porto Alegre-RS”

NOTA: Participem desta campanha, ajudem o Arquivo Histórico a preservar a memória gaúcha, divulguem aos seus amigos e participem doando algum material. Um dia você poderá precisar pesquisar algum documento e talvez ele não exista mais!


quinta-feira, 3 de abril de 2008

QUANDO TE OLHO...

QUANDO TE OLHO...
Gerson Vieira(*)
Quando penso em te beijar
Olho para tua boca
Ela quer me olhar
Teus olhos querem me beijar...
Quando tua boca pensa em mim
Teus olhos já falam comigo
Os lábios, complementam a dança
Os cílios, já iniciam o baile...

Quando te olho
Teus olhos me olham
Tua boca fica diferente
Tua língua escondida me faz pensar...
A cor dos teus olhos já não importa mais
Teu sorriso maroto me contagia
Esse olhar atravessado me causa arrepios
Quando te olho...

http://www.casadospoetas.com.br/pastas/recanto/rp250806.html

(*) Sobre Gerson Laerte da Silva Vieira
Nasceu em 3/2/1964, em Canoas, RS, reside atualmente no Rio de Janeiro. Formado em Ciências Contábeis pela Ulbra - Universidade Luterana do Brasil. Membro da Casa do Poeta de Canoas e da ACE - Associação Canoense de Escritores. Publicou várias crônicas no jornal Diário de Canoas. Participou das duas coletâneas da Casa do Poeta de Canoas (2003 / 2005).
Imprimir